Assinatura e homologação de Protocolo

No passado dia 3 de Dezembro,  o Ministro das Obras Públicas Transportes e Comunicações, deslocou-se a Constância para - no Salão Nobre da Câmara Municipal - homologar o Protoclo que, momentos antes, havia sido assinado pelas Estradas de Portugal, pela REFER e pelas Câmaras Municipais de Vila Nova da Barquinha e de Constância.

Terminava, assim, uma longa história feita de episódios pouco agradáveis em que, ao longo de anos, se foi adiando a solução de um problema extremamente grave para a região e para o concelho de Constância.

A solução não é a mais desejada para o desenvolvimento económico da região pois o projecto de reparação da ponte prevê a reabertura a apenas viaturas ligeiras. No entanto, as enormes dificuldades impostas pelo encerramento levaram a não encarar outra hipótese que implicaria. pelo menos, mais 3 anos de interdição ao trânsito. Para além disso, o facto de as EP não poderem candidatar-se a fundos comunitários obrigou a que fossem as autarquias (ou apenas uma delas) a assumir a responsabilidade da obra, o que veio a recair na Câmara de Constância.

Agora, há que concretizar rapidamente o processo burocrático que leve ao início das obras já nos princípios de Janeiro a fim de que - tal como foi admitido recentemente - seja possível a reabertura da ponte em finais de Fevereiro, continuando a reparação por mais cerca de um ano e meio.

Ponte ... finalmente, uma decisão!

A notícia não é a mais desejada. No entanto, foi o melhor que se conseguiu.
Meses de reuniões, contactos e iniciativas de vária ordem acabaram por levar a uma decisão que, não sendo a melhor, vai permitir a reabertura da ponte a viaturas ligeiras.
Depois de um período que se estima em um mês e meio para concurso e adjudicação da obra, as reparações começarão no princípio de Janeiro e, em finais de Fevereiro, haverá condições para abertura ao trânsito. Durante o ano e meio seguinte, continuarão as beneficiações, essencialemnte em períodos nocturnos, com indispensáveis cortes de circulação.
É hora de suportarmos o sofrimento que as circunstâncias impõem mas ... prepararmo-nos para novos esforços: uma ponte condigna, aberta a todo o tipo de tráfego e com duas vias, é essencial para o nosso Concelho e para toda a região!

Amenizar incómodos

Enquanto decorrem esforços para alcançar uma solução que vise a reabertura da ponte, vai-se tentando amenizar os graves incómodos que a situação provoca a pessoas e instituições.
Depois do estabelecimento de um "Posto de Atendimento" nas instalações camarárias de Vale de Mestre e de uma "carreira" semanal para a sede do Concelho, a Câmara Municipal concretizou a instalação de um cais de acostagem, para facilitar a entrada e saída de pessoas no barco.

Uma solução que, não sendo boa - dado que as variações do nível das águas não permitem criar uma estrutura mais compacta - melhorou consideravelmente o acesso dos cerca de 200 utilizadores diários.

Repetição de testes na ponte

Na passada Quinta-Feira, entre as 08:30 e as 16:00,  o Departamento de Engenharia Civil da Universidade de Coimbra repetiu alguns testes na ponte, com o objectivo de iniciar o trabalho "de gabinete" com vista à elaboração da parte do relatório respeitante aos testes globais realizados por aquela instituição.
Posteriormente, os trabalhos das quatro equipas intervenientes serão integrados num único relatório a entregar às Estradas de Portugal para, após análise e elaboração de parecer, ser enviado ao Ministério das Obras Públicas Transportes e Comunicações.

De realçar que uma estação meteorológica particular, instalada no nosso Concelho e à qual o próximo Boletim Municipal fará referência, cedeu registos de temperaturas da semana anterior, necessários aos cálculos de resistência da ponte, em conjugação com outros dados então obtidos. 

CAIMA prepara e cede Parque

Num gesto de atenção para com as dificuldades enfrentadas por quem tem de estacionar a viatura perto do acesso ao barco, na margem sul, a CAIMA preparou um Parque de estacionamento em terrenos próprios, disponibilizando-o enquanto durar o encerramento da ponte.

Para além do objectivo de facilitar o estacionamento, o objectivo é ainda o de garantir a possibilidade de acesso de viaturas de maior porte do que o dos ligeiros, tanto para acesso ao poço de captação de água junto ao rio, como para carregar areia e - fundamentalmente - viaturas de socorro para o caso de alguma emergência no Tejo.
Por isso, foi instalada sinalização de "proibição de estacionamento" no sentido descendente, esperando-se que se verifique a aceitação geral de que a medida só alcançará os objectivos se for respeitada. 

Inspecção à Ponte gera optimismo

Terminou ontem, Sábado, às 13:30, a recolha de dados indispensáveis à elaboração do relatório que determinará em que condições a ponte poderá reabrir - brevemente - enquanto decorrer o processo relativo a uma solução duradoura para a travessia do Tejo.

Os trabalhos que duraram cerca de quatro dias - incluindo boa parte de uma das noites - tiveram a participação de equipas das Estradas de Portugal, do Instituto de Soldadura e Qualidade, do Departamento de Engenharia Civil da Universidade de Coimbra e das empresas LEB e Armando Rito Engª, o que se traduziu, algumas vezes, na permanência de mais de 20 elementos.

Foi verificado o estado da estrutura, em particular os locais com fracturas e marcas evidentes de embates de viaturas pesadas, e feitos testes de resistência dos materiais, o que implicou  a instalação de 48 sensores ligados a computador e o registo de efeitos com a ponte sem carga e depois sujeita ao esforço imposto por uma grande e pesada máquina em movimento.

O Presidente da Câmara acompanhou boa parte dos trabalhos e teve oportunidades de dialogar com  especialistas, tendo ficado com a ideia de que, mediante pequenas reparações (que poderão ser efectuadas em períodos alternados com a circulação) e algumas medidas para garantir o respeito por normas de trânsito a estabelecer, a reabertura a viaturas ligeiras poderá vir a ser determinada, quando o Relatório final chegar ao Ministério das Obras Públicas.

Se é verdade que a reabertura nos permitirá "respirar" um pouco, não é menos certo que teremos ainda grandes obstáculos a vencer para que se chegue a uma solução boa e duradoura quanto à travessia do Tejo. Será precisa ainda muita insistência, reuniões, contactos com pessoas e entidades ... tarefa que até agora tem exigido muito esforço e paciência mas que está a dar os seus frutos.

Precisaremos - TODOS - de continuar preocupados e dispostos a fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para que ninguém deixe de pensar na ponte e na falta que ela faz à nossa região, em particular ao nosso Concelho. 

Máximo Ferreira

Se tudo correr bem ... este poderá ser um espaço em que munícipes e presidente da Câmara poderão receber informações e opiniões sobre a vida no nosso Concelho.
Naturalmente, a ponte marca o dia-a-dia de todos nós mas ... acreditando que melhores dias virão, é indispensável que não nos deixemos abater por este terrível acontecimento e encaremos o problema e os esforços que todos (uns mais do que outros) desenvolveram - de formas diferentes - para se alcançar uma solução, como prova de que temos coragem para enfrentar o futuro.
O LUTO que todos decretámos pela perda (ainda que provisória) de um bem que possuíamos e nos é indispensável não poderá significar um "atirar a toalha ao chão". O futuro está aí e teremos de lutar por ele, com ideias (por vezes) diferentes mas com o mesmo propósito de fazer progredir o nosso concelho e melhorar as condições de vida, de cada um de nós e dos nossos descendentes
Deveremos manter um postura permanentemente ACTIVA, razão da escolha do "Constância Activa".
Peço a todos(as) o máximo empenho, no sentido de que este nosso blogue alcance os objectivos que presidiram à sua elaboração.