Carnaval no Concelho

Mesmo quem não aprecia práticas e ambientes tradicionais do carnaval acabará por ver nisso algum valor, quanto mais não seja por possibilitar aos (às) mais foliões momentos de diversão diferente do que é possível noutras ocasiões do ano. Para além de dançar, cantar e tocar, os cortejos e outras formas de "brincar o carnaval" servem também para lançar as habituais "ferroadas" críticas, geralmente a dirigentes, autarcas e até governantes.

No nosso Concelho, tornou-se habitual - nos últimos anos - o "carnaval de Montalvo" que conta já com um número considerável de carros alegóricos e faz deslocar àquela freguesia do nosso Concelho algumas centenas de pessoas, a maior parte ida de Constância e de Santa Margarida e mesmo de outros concelhos.

Neste ano, como nos outros, cumpriu-se a tradição da grande festa dos bombos, das danças e dos "zés pereiras" e as tais "ferroadas", desde uma bonita imagem do Sol e da Lua (alusão à profissão do presidente da Câmara?) e ... o convite para a inauguração - em 30 de Fevereiro de 2038 - do Campo de Futebol Municipal com piso sintético, certamente outro "recado".

Mercado antigo e revitalização da Praça

Com o objectivo de evocar tempos e hábitos da nossa região, em particular a "praça" onde se vendiam hortaliças, legumes, fruta, aves de capoeira e peixe, no primeiro domingo do passado mês de Fevereiro teve lugar uma iniciativa que permitiu aos mais novos e forasteiros perceber como decorriam as actividades naquele local, desde a distribuição dos tabuleiros e respectiva colocação nas "bancas" até às disposição dos bens a comercializar e ... ao "fim da praça". Para as pessoas que ainda recordavam como, elas próprias, ali procuravam obter algum dinheiro para o "governo da casa" não deixou de ser significativo tornarem-se agora actores da evocação de um período da vida que, sendo então mais difícil, permite agora avaliar os progressos alcançados ao longo de décadas.

A experiência de Fevereiro ditou vontades de se repetir - no primeiro domingo de cada mês - este encontro que, para além da recriação de um hábito, permite o convívio entre pessoas de experiências e gerações diferentes e a partilha de momentos significativos como, por exemplo, o ocorrido neste primeiro domingo de Março em que toda a praça parou para cantar os "parabéns a você" a uma vendedora aniversariante.

Começaram as obras na Ponte

Embora com algum atraso relativamente ao esperado, começaram as obras na Ponte. Alguns problemas técnicos e burocráticos fizeram com que, apesar de algumas intervenções estarem já a ser executadas antes da data prevista, o indispensável para retomar a circulação de ligeiros - a substituição de diagonais na parte inferior do tabuleiro - está ligeiramente atrasado. Numa reunião técnica a realizar no próximo dia 18 serão abordados diversos aspectos da gestão técnica e financeira da obra e, se não ocorrerem imprevistos, será então marcada a data de abertura à circulação de ligeiros.
Estão a ser instalados os pórticos limitadores de altura e, no tapete, foram já colocadas lombas com o objectivo de incentivar ao respeito do limte de velocidade a estabelecer.

Assinatura e homologação de Protocolo

No passado dia 3 de Dezembro,  o Ministro das Obras Públicas Transportes e Comunicações, deslocou-se a Constância para - no Salão Nobre da Câmara Municipal - homologar o Protoclo que, momentos antes, havia sido assinado pelas Estradas de Portugal, pela REFER e pelas Câmaras Municipais de Vila Nova da Barquinha e de Constância.

Terminava, assim, uma longa história feita de episódios pouco agradáveis em que, ao longo de anos, se foi adiando a solução de um problema extremamente grave para a região e para o concelho de Constância.

A solução não é a mais desejada para o desenvolvimento económico da região pois o projecto de reparação da ponte prevê a reabertura a apenas viaturas ligeiras. No entanto, as enormes dificuldades impostas pelo encerramento levaram a não encarar outra hipótese que implicaria. pelo menos, mais 3 anos de interdição ao trânsito. Para além disso, o facto de as EP não poderem candidatar-se a fundos comunitários obrigou a que fossem as autarquias (ou apenas uma delas) a assumir a responsabilidade da obra, o que veio a recair na Câmara de Constância.

Agora, há que concretizar rapidamente o processo burocrático que leve ao início das obras já nos princípios de Janeiro a fim de que - tal como foi admitido recentemente - seja possível a reabertura da ponte em finais de Fevereiro, continuando a reparação por mais cerca de um ano e meio.

Ponte ... finalmente, uma decisão!

A notícia não é a mais desejada. No entanto, foi o melhor que se conseguiu.
Meses de reuniões, contactos e iniciativas de vária ordem acabaram por levar a uma decisão que, não sendo a melhor, vai permitir a reabertura da ponte a viaturas ligeiras.
Depois de um período que se estima em um mês e meio para concurso e adjudicação da obra, as reparações começarão no princípio de Janeiro e, em finais de Fevereiro, haverá condições para abertura ao trânsito. Durante o ano e meio seguinte, continuarão as beneficiações, essencialemnte em períodos nocturnos, com indispensáveis cortes de circulação.
É hora de suportarmos o sofrimento que as circunstâncias impõem mas ... prepararmo-nos para novos esforços: uma ponte condigna, aberta a todo o tipo de tráfego e com duas vias, é essencial para o nosso Concelho e para toda a região!

Amenizar incómodos

Enquanto decorrem esforços para alcançar uma solução que vise a reabertura da ponte, vai-se tentando amenizar os graves incómodos que a situação provoca a pessoas e instituições.
Depois do estabelecimento de um "Posto de Atendimento" nas instalações camarárias de Vale de Mestre e de uma "carreira" semanal para a sede do Concelho, a Câmara Municipal concretizou a instalação de um cais de acostagem, para facilitar a entrada e saída de pessoas no barco.

Uma solução que, não sendo boa - dado que as variações do nível das águas não permitem criar uma estrutura mais compacta - melhorou consideravelmente o acesso dos cerca de 200 utilizadores diários.

Repetição de testes na ponte

Na passada Quinta-Feira, entre as 08:30 e as 16:00,  o Departamento de Engenharia Civil da Universidade de Coimbra repetiu alguns testes na ponte, com o objectivo de iniciar o trabalho "de gabinete" com vista à elaboração da parte do relatório respeitante aos testes globais realizados por aquela instituição.
Posteriormente, os trabalhos das quatro equipas intervenientes serão integrados num único relatório a entregar às Estradas de Portugal para, após análise e elaboração de parecer, ser enviado ao Ministério das Obras Públicas Transportes e Comunicações.

De realçar que uma estação meteorológica particular, instalada no nosso Concelho e à qual o próximo Boletim Municipal fará referência, cedeu registos de temperaturas da semana anterior, necessários aos cálculos de resistência da ponte, em conjugação com outros dados então obtidos.